sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Viña del Mar

Em nosso último dia no Chile fomos conhecer o litoral, Viña del Mar, banhado pelo oceano Pacífico e famoso pelas mansões dos ricaços chilenos. Como das outras vezes (e já estávamos acostumados com isso) o pacote para ir e voltar de lá era caríssimo, portanto, adivinhem? Pegamos nosso mapa, mochila, água e... "pé na estrada". Fomos de metrô até a rodoviária, pegamos um ônibus que custou o equivalente a 10 reais por pessoa (os pacotes eram em torno de 120 reais) e partimos rumo ao nosso destino do dia.

A cidade estava com uma neblina que fechava todo o céu, a temperatura era super baixa, um vento de cortar as orelhas. Na praia, areia escura e mar gelado faziam com que as pessoas apenas se sentassem a beira mar para conversar, claro, bem agasalhados. Depois de ver o litoral deles, fica fácil entender porque eles vem pra cá gastar o dinheiro que economizaram o ano todo. São poucas as entradas para praia em que há extensão de areia, na maior parte da orla rochas tomam conta da paisagem.

Visitamos o Museu Arqueológico Francisco Fonk que conta toda a história e cultura da Ilha de Páscoa, uma curiosidade é que esta Ilha pertence geograficamente a região de Valparaíso onde está situada a praia de Viña del Mar mesmo estando a 4 mil km de distância. Na entrada do Museu há um Moai original trazido da ilha. O museu conta a história do povo Rapa Nui que vivia na ilha e de como eles foram extintos. Além disso eles tem um acervo muito grande de utensílios indígenas, fóseis, animais empalhados e uma série de outras coisas interessantes, vale a pena conferir.

Também visitamos dois castelos, um deles é patrimônio público e o outro é privado - por motivos lógicos a entrada não foi permitida. Não andamos nos elevadores que levam as pessoas até o alto de alguns morros pra avistar a cidade pois como já falamos a neblina era tão forte que alguns prédios não era possível avistar o último andar, imaginem então olhando de cima.

Em Viña tomamos um conito (sorvete do tipo Mc Donald`s) que custou 1 real e era simplesmente 3 vezes maior que o do Mc Donald`s ... muito bom.

Nos despedimos do litoral e voltamos a Santiago. À noite fomos no Parque Arauco, uma coisa que podemos chamar de shopping, mas que é imenso (por isso o nome de Parque talvez). Nos perdemos várias vezes lá dentro, até acharmos o tão esperando "Kentucky" uma rede de fast food que nós nunca tínhamos ouvido falar, mas que já tínhamos visto vários panfletos. Pedimos um box full que vem hamburger do tipo MC, batatas fritas, frango frito, cerveja, refri, e mais umas empanadas ... tudo isso por menos de 15 reais para duas pessoas, dá pra acreditar? Comer no Chile é muito bom!!!

Bom gente, esse foi o final da nossa jornada por parte da Argentina e Chile. Cada lugar onde passamos guarda suas belezas e se torna especial por razões diferentes, uns pelas paisagens naturais, outros pela arquitetura antiga ou pelas construções modernas, enfim como dissemos por motivos diferentes. A viagem foi fantástica, com certeza um ótimo investimento e agora ... agora é pagar as contas e começar o cofrinho para colocar o pé na estrada no ano que vem, quem se interessa?

Fotos:
http://picasaweb.google.com.br/green.rafa/Chile


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Santiago Chile

Chegamos a parte final da nossa viagem, na segunda-feira 08/02 partimos de Mendoza rumo a Santiago através da Cordilheira dos Andes. A aventura começou quando o ônibus parou na aduana para declararmos a saída da Argentina e entrada no Chile, a bagagem de todos os passageiros foi retirada e revistada, nós ficamos engalhados por que implicaram com a quantidade de frascos que eu tinha na necessaire e com uma miniatura que o Rafael comprou em formato de uva, se fosse a fruta teríamos que ter deixado lá, mas como era álcool eles deixaram passar, é que não se pode cruzar a fronteira com produtos agrícolas ... outro brasileiro teve que deixar uma maçã! Hhahahaha.

Finalmente chegamos a Santiago e como sempre largamos as coisas no hotel - que dessa vez nao foi hotel mas um apartamento alugado pois saiu bem mais barato - e fomos ver o que havia em nossa nova vizinhança. Exatamente em frente ao local que estamos fica o Cerro Santa Lucia, um morro de 70m, bem no centro da cidade onde há um centro cultural, feira de artesanato e uma vista espetacular da cidade. A subida é cansativa mas vale a pena pelo visual. Neste morro encontramos uma família de brasileiros que nos deu altas dicas sobre a cidade, aprendemos nessas andanças que é sempre bom colher informaçoes com as pessoas. Neste dia fomos ao mercado fazer umas compras para podermos comer no AP alugado mesmo e ficamos admirados com o preço das coisas, a comida aqui é consideravelmente mais barata do que no Brasil.

Na terça pegamos o metrô e fomos a vinícola Concha y Toro, enquanto as agências organizam tours por $60 dólares por pessoa, fomos por conta própria e gastamos R$16 reais nós dois - ida e volta. A vinícola é expetacular, vocês poderão ver nas fotos, conhecemos a história da fundação da vinícola, o casarão do antigo proprietário onde as primeiras vinhas foram plantadas e aprendemos a história de um dos principais vinhos da marca o Casillero del Diablo ou em português Esconderijo do Diabo.
A história conta que o Sr. Concha y Toro guardava sua produçao em uma cava subterrânea quando notou que algumas garrafas estavam sumindo, foi então que decidiu espalhar o rumor de que ali era o esconderijo do diabo, para afugentar as pessoas, o rumor virou lenda e daí surgiu o nome desta linha de vinhos que permanece até hoje. Após a visita foi a vez da degustação e como brinde ganhamos as tacinhas que usamos com a logo da marca ... bem legal!

Ainda na terça-feira visitamos outros pontos turísticos de Santiago como a Plaza de Armas, Mercado Público e Feiras de Artesanato. À noite fomos ao Patio Bellavista um lugar incrível cheio de cafés, galerias de arte, barzinhos e restaurantes com mesas na rua, bem badalado aqui em Santiago.

Santiago é uma cidade maravilhosa, tem todos os atrativos de uma capital com opções das mais variadas em lojas e alimentação e outros pontos positivos como transporte barato e eficiente - isso se aplica também aos taxis - o metrô daqui é disparado muito melhor que o de Buenos Aires. As lojas aqui são de babar, há muitas lojas de departamentos estilo C&A e Renner, aqui há uma em cada esquina com roupas de todos os preços e estilos bem legais, mas as lojas de artigos para casa são as melhores e os preços são mais atrativos ainda ... se tivesse em Criciúma uma loja como as que eu vi aqui ... eu ia precisar de uma casa no mínimo cinco vezes maior.

Amanhã contamos como foi nosso último dia de viagem com nossa visita ao litoral Chileno - Viña del Mar.

Fotos:
http://picasaweb.google.com.br/green.rafa/Chile

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mendoza

Assim que chegamos a Mendoza, fomos para nosso hotel que estava reservado pela internet. Chegando lá descobrimos que o preço anuncido não era o mesmo do local, vieram com uma desculpa que aquele valor promocional era da baixa temporada e que já estávamos na alta... como o PROCON de Criciúma estava muito longe para ligar resolvemos procurar outros hotéis. Acabamos por descobrir que dos hotéis intermediários o nosso - Cordón del Plata - era um dos melhores e mais baratos, pois os outros eram só muquifoooos tipo filme de terror (by kame). Acabamos ficando lá e bem quietinhos.

Já haviamos lido sobre a famosa siesta mendocina (uma soneca depois do almoço). No entanto ficamos abismados quando percebemos que as 13 horas todas as lojas fecharam e a cidade ficou deserta, perambulando apenas alguns turistas confusos não entendo o que estava acontecedo. A cidade fica tão vazia que é possível andar pelo meio das avenidas sem problema algum. Às 17 horas (que soninho heim?) as lojas reabrem funcionando até as 20:30.

Já no primeiro dia descobrimos que tudo que existe para fazer na cidade depende da compra de um pacote turístico específico. Por isso decidimos comprar o pacote "Altas Montanhas", e deixar a visita das bodegas por conta própria, ou seja, mapa na mão e mochila nas costas. Pegamos o primeiro autobus e fomos para o departamento de Maipu (uma cidadezinha vizinha conhecida por ter muitas vinícolas familiares). Visitamos as vinícolas Baudrón e Nerviani, nesta primeira conhecemos o processo de fabricação dos vinhos tinto e branco, já na Nerviani conhecemos o processo de fabricação das espumantes, que diga-se de passagem, é muito mais trabalhoso do que o dos vinhos.

No dia seguinte conhecemos os pontos turísticos dentro da cidade de Mendoza, entre eles o Parque Gral. San Martin que ocupa 1/4 da área da cidade e, além de ser muito bonito, é o ponto de encontro dos mendocinos no final da tarde.

Nosso último dia em Mendoza foi o melhor de todos: fomos conhecer a majestosa Cordilheira dos Andes de perto. Conforme nos distanciávamos da cidade, a bela paisagem de parreirais e olivais dava lugar a paisagem desértica e rochosa da cordilheira. Durante o trajeto conhecemos lugares como: Uspallata, Potrerillos, Los Penitentes, Puente del Inca e Las Cuevas onde ficamos a mais de 4 mil metros de altitude.

Quando saimos do Brasil estava chegando perto dos 40 graus e olhando pela internet víamos que a temperatura de Mendoza também era bem quente (em média 25-30 graus) acabamos nem trazendo roupa de frio pra nao ocupar espaço na mala, o problema foi que lá em cima da cordinheira, mesmo no verão tem gelo, coisa que pra gente era novidade. Passamos um frio danado, a Kame com um casaco bem fininho e eu sem nada, acabei comprando uma blusa típica andina numa barraquinha em Puente del Inca. O famoso Aconcágua só avistamos de longe, pois para chegar até ele, apenas através de uma caminhada de 3 dias a partir do Parque Nacional Aconcágua.

O que achamos? Bom não precisa nem falar muito, o frio nem foi sentido de tanta que era nossa empolgaçao, admiração e seja mais o que for que tenhamos sentido. A cada curva novas montanhas se abriam a nossa frente, é um cenário espetacular.

A segunda parte de nossa viagem se encerra aqui, restando o Chile.

Estamos quase de volta. Abraços a todos, saudades.

PS.: Parte do texto por Rafael e parte por Kame - a parte de frescuras pelas Kame.


Fotos completas em:
http://picasaweb.google.com/green.rafa/Mendoza

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Voando para Mendoza


Neste momento estamos voando para Mendoza. Ontem nosso dia começou cedo quando pegamos o metrô e fomos conhecer Betel da Argentina. Em Buenos Aires existem 4 linhas de metrô muito eficientes e baratíssimas (equivalente a 55 centavos o bilhete). Nosso objetivo em Betel foi pegar os endereços de salões em Buenos Aires e em Mendoza, coisa que não conseguimos pela internet. Chegando lá pegamos o endereço e nos juntamos a um grupo de argentinos e peruanos que estavam de visita marcada e fomos conhecer as instalações, muito legal, assistimos a um vídeo que fala sobre o complexo de prédios do Betel da Argentina, lá os escritórios, dormitórios e gráfica ficam em ruas diferentes.

Na parte da tarde fizemos compras (naqueeela loja que a kame enlouqueceu) e andamos bastante pelo centro.

Nossa programação noturna foi no Taconeando – La Vereda de Beba, com um “jantar show”ou cena show tango como chamam aqui. Fica em San Telmo, onde estão as casas de Tango mais tradicionais de Buenos Aires. A apresentação conta com músicos, cantores e claro, ótimos dançarinos de tango. Foi ótimo, no final ainda fomos tirados para dançar no palco pelos dançarinos. Final da noite caminhamos pelas ruas iluminadas e cheias de barzinhos de San Telmo.

Chegaremos em Mendoza em 1 hora e meia, e de lá... bom, ainda não sabemos o que vamos fazer, mas isso não é problema num lugar como aquele.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Chove em Buenos Aires


Hoje amanheceu chovendo em Buenos Aires e pelo que vimos no noticiário, em toda a Argentina também, mas esse inconveniente não nos fez desistir do plano de fazer o city tour de ônibus pela cidade. O passeio funciona da seguinte forma, são doze pontos de parada espalhados pela cidade, pode-se subir e descer sempre que quiser sendo que passam ônibus a cada 30 minutos por ela.

O início do passeio foi abaixo de muita chuva, nos molhamos por completo, mesmo tentando nos proteger, até os bancos do ônibus estavam molhados - aqueles na parte de cima que permitem uma visão melhor, vocês verão nas fotos. Mesmo fazendo metade do passeio com chuva, valeu a pena pois é possível aprender muito sobre a cidade, há fones que traduzem o guia turístico em mais de 12 idiomas então fica fácil. Ah ... nos vários ônibus que pegamos encontramos americanos, espanhóis, suíços, franceses e é claro, outros brasileiros. Buenos Aires como dizem é a Europa das Américas, construções muito antigas, prédios grandiossos e riquíssimos em detalhes. Pode-se notar facilmente as "diferenças" entre as regiões ou bairros da cidade, cada um tem muitas peculiaridades ... e é tudo muito visual por isso não se pode deixar de pelo menos dar uma passada por todos os lugares.

Fizemos paradas em Santelmo, famoso por ser um bairro alternativo onde há muitas casas de Tango e barzinhos, também paramos em La Boca, onde fica o estádio do Boca Juniors e onde encontra-se uma arquitetura bem peculiar preparada especialmente para a recepção dos turistas. Fizemos um passeio pelo famoso Caminito onde almoçamos, visitamos lojinhas de souvenirs e assistimos um mini show de tango. Depois fizemos um pit stop em Puerto Madeiro, a parte nova da cidade, com construções modernas e restaurantes bem chiques ... neste momento estou tentando convencer o Rafael para me levar para jantar lá - não pelo fato de ser chique, mas porque quero comer uma "parrillada" e lá os restaurantes ficam a beira do rio que à noite fica todo iluminado, lindíssimo dizem - espero conferir.

O show de tango ficará para amanhã, conseguimos um lugar mais em conta e bem tradicional em Santelmo - tomara que ele valha a pena!

Estamos muito bem ... besos a todos!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Buenos Aires - Chegada

Bom, como alguns de vocês já sabem chegamos hoje em Buenos Aires. A viajem foi bem cansativa porque o chá de filas que a gente leva nos aeroportos é dose.

Hoje nao fizemos nada demais, apenas chegamos ao hotel, deixamos as coisas e saimos pra fazer o reconhecimento da área ao nosso redor. Tem várias lojas legais (a kame endoidou) os preços sao um pouco mais caros que em criciuma, a diferença é que estão em pesos argentinos e nosso real vale exatamento o dobro da moeda deles, sendo assim jantamos hoje uma pizza grande, um chopp e um refri pelo equivalente a 20 reais. Claro que se você quiser pode gastar 35 reais por cabeça para comer uma parrilada - coisa que vamos experimentar, mas não hoje...

Hoje nós estamos aqui: Localização satélite google

Amanha vamos fazer um city tour com um ônibus de turismo, à noite vamos ver se pegamos algum show de tango.

Amanhã postaremos umas fotos.