quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Praia Grande

Como nem eu e o Rafael nem nossos amigos - que também gostam de colocar o pé na estrada - estávamos com muita vontade de ficar em casa neste primeiro final de semana de 2011, combinamos de nos aventurar nas paisagens de Praia Grande!

Historinha: Enquanto uma simples volta de ponteiro no relógio registrava a virada de ano de sexta pra sábado, eu e o Rafael nos encontrávamos nas desérticas ruas de Criciúma voltando para casa caminhando tranquilamente depois de passar na casa da minha mãe para surrupiar uma caixa térmica para levar ao passeio do dia seguinte ... de repente eu vejo uma havaiana dando um triplo mortal voando pela rua. Pensei: Será simpatia de alguém para arranjar namorado nesse ano novo? Que nada gente, o Rafael tinha levado uma picada de aranha enquanto andava, e era das grandes com perninhas bem compridas. A bichinha mordeu ele enquanto caminhava e ele jogou o chinelo longe - medoooo! Fiquei preocupada dele acordar no outro dia com o pé preto mas o corpo dele é fechado, o veneno é que fica envenenado quando entra em contato com ele, hahahahhaha!

De volta ao passeio saímos de Criciúma no sábado um pouco mais tarde porque o marido tinha saída de campo para fazer – acreditem a primeira saída de campo de 2011 foi designada para ele! Enfim chegamos em Praia Grande às 11h00 e nos encontramos com o restante da galera, 11 pessoas ao todo. Nossa primeira atividade foi no Parque Nacional Aparados da Serra, o Parque fica localizado na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul, na divisa com o extremo sul de Santa Catarina. Nosso acesso foi por Praia Grande via Serra do Faxinal, a estrada não é asfaltada e há muitas pedras.

Uma taxa de visitação é cobrada para entrar no Parque R$6 por pessoa e mais R$5 por carro. A principal atração é o cânion Itaimbezinho um dos maiores do Brasil. Sua extensão chega a 5.800 metros e sua largura alcança os 2000 metros. As paredes rochosas têm uma altura máxima de 720 metros e são cobertas por uma vegetação baixa e pinheiros nativos.

Os cânions segundo o oráculo Google são formações rochosas de pelo menos 130 milhões de anos, para quem nunca esteve à beira de um a sensação é indescritível, a gente se sente realmente pequenininho diante da grandiosidade desta criação. A trilha para se chegar até os mirantes que têm vista para o cânion tem uma percurso de 6,3 quilômetros – tem certeza que andei tudo isso? - e leva em torno de 2:30 horas.

Curiosidade: O nome Itaimbezinho deriva do Tupi-Guarani Ita (pedra) e Aí'be (afiado).

De volta em Praia Grande fomos até um lugar do qual recebemos algumas indicações – do Google - um Hostel ou albergue. Como a galera havia saído de casa para aventurar levamos barracas e colchões para dormir nos carros se fosse necessário. A disposição para aventurar era tanta que não pensamos duas vezes quando o dono do albergue Sr. Aldo nos ofereceu uma casinha com um quarto, hahahahahah. Alguns dormiram dentro da casa e outros montaram suas barracas na garagem. Foi nossa salvação porque durante a noite choveu bastante.

O albergue tem uma visão privilegiada do cânion Malacara e o proprietário Sr. Aldo foi muito hospitaleiro com todos nós. Antes da chuva assim que anoiteceu o Sr. Aldo acendeu uma fogueira e algumas tochas para um luau na mata, com direito a roda de viola comandada pelo Danilo – um luxo!

Curiosidade 2: O nome Malacara significa tudo da mesma cor exceto a cara. Isso porque o cânion tem uma mancha branca em uma de suas paredes.

O albergue não oferece café da manhã, o que não foi problema pois a vizinha do lado aproveitando essa brecha serve café da manhã para os hóspedes na casa dela. Ela conversa um pouco demais e acaba esquecendo de servir as coisas na mesa, mas nada que não tenha sido dado jeito com a super Rosângela e Lenir que não dormem no ponto e nos abasteceram de tudoooo.

Depois do café resolvemos chamar nossa guia a Gisaela – é assim que se escreve? Ela já havia nos explicado no dia anterior como funciona tudo por lá, inclusive descobrimos que se você é turista não consegue colocar o pé em cima de uma pedra do rio sem um guia te cobrar por isso. Enfim lá em Praia Grande existem um monte de guias credenciados pela associação local que cobram preços tabelados para levar os turistas nos passeios da região, e não adianta chorar é pagar o preço ou nada feito!

Resolvemos enfrentar a trilha que leva ao paredão do cânion Malacara, de brinde você ganha um pit stop numa piscina natural formada pela água que desce da cachoeira do Rio Malacara – banho de rio é tudo vocês não acham? A trilha é bastante acidentada porque você caminha costeando o rio e o caminho é só pedras ... ah e em intervalos regulares de tempo você atravessa o rio e dependendo da quantidade de chuvas a água pode chegar até o joelho em determinadas partes.






Esse foi nosso primeiro passeio de 2011 espero que tenha sido o primeiro de muitos. Além do lugar lindo a companhia sem dúvida foi maravilhosa – a todos obrigada por fazerem parte de nossas vidas! Aos amigos que não puderam ir, esperamos estar juntos na próxima.

See ya!